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Quer saber como funciona a exportação de grãos?

POR Roberta Marchioti, 20 ABR, 2023
20 ABR

O Brasil é conhecido como o maior exportador de soja do mundo com um mercado que tem se expandido e um volume de produção elevado para atender as demandas nacional e internacional.

A oleaginosa é importante no cenário nacional, transformando nos últimos anos a alimentação, presente em leites, proteínas a base de soja e também no óleo de cozinha. Esse mesmo óleo é fonte de matéria-prima para produção do biodiesel do país.

A diversidade de uso da soja é ampla, tanto que pode ser encontrada em tintas, maquiagens e até espumas de colchões, graças a um polímero chamado poliol. O grão também é importante em outros países, servindo de base para composição das fórmulas de ração animal, movimentando a cadeia alimentar mundial.

Como funciona o processo de exportação?

Para a exportação da soja no Brasil acontecer é necessário transporte, feito pelos modais: ferroviário, hidroviário e rodoviário. A oleaginosa ainda na fase da colheita é processada em farelo, grãos e óleo.

Depois o produto pode ser transportado tanto por rodovias, em caminhões com destino aos portos ou pelos rios do país, que são as principais vias de acesso para o mercado consumidor do exterior.

A commodity tem uma produção intensa no centro-oeste, mas também possui produção em diversas regiões do país.

 

Tipos de exportação

 

O primeiro passo a ser dado pelos produtos brasileiros que desejam começar a exportar seus produtos, é escolher a modalidade de exportação mais adequada ao seu perfil: a exportação direta ou a indireta.

v Exportação direta:

Oo produto é exportado e faturado pelo próprio produtor diretamente ao importador.

A grande vantagem de exportar utilizando essa modalidade consiste nos incentivos fiscais que podem fazer com que a sua fazenda economize um bom dinheiro, aumentando sua margem de lucro, bem como a competitividade do produto no exterior (com um preço mais baixo).

Aqui, o produto a ser exportado fica isento do recolhimento de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e também não caracteriza incidência do ICMS. Esses benefícios também valem para todos os insumos necessários ao processo de produção.

A grande desvantagem da exportação direta é o fato de que a fazenda deve ter sólido conhecimento sobre todo o processo de exportação de um produto e isso pode representar custos adicionais na contratação de profissionais especializados ou no treinamento de colaboradores. Sem falar, é claro, da falta de conhecimento sobre um mercado novo, e muitas vezes, traiçoeiro.

 

v Exportação indireta:

O produtor não tem contato algum com o mercado destinatário de seus produtos. Nesse caso, todo o processo de exportação é tocado por uma empresa constituída no Brasil com a finalidade de comprar produtos para, em seguida, exportá-los.

Trata-se de um terceiro interveniente que faz a intermediação entre produtor e comprador internacional. As chamadas “trading”, empresas que se dedicam exclusivamente à exportação de produtos.

Sua grande vantagem é que tudo é equiparado pela lei fiscal brasileira à importação direta. Assim, aplicam-se os mesmos benefícios relativos ao IPI e ICMS, além de ter a segurança de trabalhar com empresas com grande conhecimento do mercado.

 

Outra dica importante é que cada país possui regras próprias para o comércio de determinados produtos. Em alguns países, inclusive, essas regras variam de Estado para Estado, como é o caso dos Estados Unidos da América.

Portanto, antes de tomar a decisão de começar a produzir para o mercado externo, é preciso adequar o produto aos padrões internacionais e fazer um estudo para saber se estão dentro dos limites estabelecidos pelas regras dos países para os quais você tem a intenção de exportar.

 

Principais destinos da soja

A China é o principal destino da soja brasileira - mostram que o país comprou 79% do produto. Outros países também figuram a lista de principais destinos: Espanha, Holanda, Irã e Tailândia.

Projeções para exportação de soja

Segundo especialistas, a produção de soja é vista como um desafio para os próximos anos, principalmente considerando a estagnação na produtividade, ocorrências climáticas (chuva e seca durante período de colheita), falta de assistência técnica nas propriedades, entre outros fatores.

Como o Brasil pode ser ainda mais competitivo nos próximos anos?

Mesmo com os desafios para a exportação de soja, o país pode ter oportunidades interessantes por meio de melhorias na logística, armazenagem e transporte; incentivos à agregação de valor; política agrícola moderna, geração de tecnologias sustentáveis e outros recursos que podem ajudar a driblar os desafios.

 

E você? O que achou dessas informações sobre a exportação da soja? Conte com o time Camda para lhe auxiliar nesse assunto e negociações.