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Porque suplementar no período das águas?

POR Roberta Marchioti, 29 FEV, 2024
29 FEV

A pecuária brasileira vem passando por transformações constantemente, desde genética, manejo e nutrição. Essas mudanças se dão por conta da intensificação da produção, devido ao desafio da atividade, que a cada ano se torna mais intenso. Focando em nutrição, que é onde nós da Minercamda somos especialistas, vamos explanar um pouco de como lidar com o manejo nutricional do rebanho, para obtermos mais lucro.

Antigamente, usava-se de uma lógica onde nas águas, por ter capim verde e de qualidade, não havia necessidade da suplementação. E até então fazia todo sentido, mas aí na década de 90, surgiram vários estudos sobre o assunto e experimentos, mostrando que para obter um lucro maior, não é bem por aí que funciona.

E a conta hoje fica fácil de entender, por exemplo. Ao suplementar um animal de recria, de 350 kg, com um proteico energético no período das águas, você consegue ganhos de até 60% a mais do que teria se estivesse só ofertando sal mineral. E digamos que o período de pastos de boa qualidade vai de novembro a março, são 5 meses, portanto, nesse período, você vai ter um ganho por animal de 300%, ou seja, um animal que ganharia 400 gramas dias, passa a ganhar 1 kg por dia. Ele chegará no final do período das águas com 90 kg a mais - ou 3 arrobas a mais. E este proteico energético da Minercamda é um produto que vai te fazer ter um custo de @ produzida entre R$110,00 e R$130,00.

Mudando de categoria agora, vamos falar de vacas parideiras. A vaca tem fama de comer muito pasto, fazendo com que dificulte o manejo da pastagem. Esta fama da vaca é um fato, pois temos que lembrar que ela precisa comer para 3: pra ela se manter viva e saudável, para alimentar o seu bezerro ao pé, e para alimentar o bezerro que ainda está na barriga dela. Isto faz com que a sua exigência nutricional seja bastante alta. E da mesma forma com que falamos da recria, o pensamento para a vaca é o mesmo. Precisamos suplementar esse animal, com produtos específicos para que ela ganhe escore corporal, e chegue bem e saudável no período da seca, onde se tem menor oferta de forragem - e forragem de baixa qualidade.

Já em animais de engorda, que são terminados a pasto, surgiu a TIP (Terminação Intensiva a Pasto), que nada mais é do que o uso da ração para engorda de animais a pasto. Esse manejo pode ser feito tanto na seca quanto nas águas, porém, na seca tem um custo bastante elevado, pois os animais precisam consumir uma quantidade maior de concentrado, pois o pasto vai fornecer basicamente somente fibra para o animal. E já no oposto, quando fazemos a TIP no período das águas, economiza-se concentrado, pois o capim entra também como fonte de proteína e energia. Em situações onde a TIP é feita em pastagem de panicum, que podem dar até 16% de proteína, tem se um consumo de concentrado ainda menor. Só para comparação, quando se engorda animais na seca tem-se um consumo médio de ração de 1,5% a 2,0% do peso vivo. Já nas águas esse valor cai para de 0,8% a 1,3%.

Todos esses valores ditos acima são médias, podem variar de acordo com qualidade da pastagem, manejo do pasto, disponibilidade de água, espaçamento de cocho, genética dos animais entre outros.

Este mês, estamos no auge da produção de capim, e é agora que devemos intervir na dieta dos rebanhos e intensificar os ganhos. Nós da Minercamda, temos a linha completa de produtos a serem utilizados nesse período e estamos com nossos técnicos no campo para atender a todos nossos cooperados.

 

 

Ricardo Caetano Evangelista

Zootecnista - Camda